sábado, 31 de dezembro de 2011

Um dia nebuloso...

"Tenho andado confusa e sem saber que rumo seguir.
Será que o caminho a ser percorrido é o caminho certo?
Será que existe o certo?
Entender a verdade por trás das entrelinhas transborda,
Sufoca a ideia de saber que o bem está subentendido no vazio.
Percorrer a verdade em meio ao caos,
Perdendo a essência do ser e existir.
Quem disse que sentir é pra dentro?
No meu caso sinto pra fora,
Com sangue e ferida que nunca se fecha.
Aonde chegar se não se sabe aonde vai?
Esquecer quem é, tentando ser algo incoerente,
Analisando o lado esquerdo sem entender direito.
Como se saber fosse fácil."


O dia 30 não foi fácil, acordei estressada, fiquei o dia inteiro raivosa, irritada, com os nervos a flor da pele e as respostas sarcásticas e agressivas na ponta da língua. Todos os lugares que eu fui estavam cheios, e tanta gente por todo lado só me irritou mais. Em todos os lugares onde tenho a sensação de "não estar no controle", fico angustiada, com medo, insegura... E tudo isso se reflete nesse modo mais primitivo de se defender, que é atacar. 


Falei mais do que devia e por consequência, ouvi mais do que podia suportar, como sempre... Por mais que alguém tente entender o que se passa na minha cabeça, a tentativa falha em algum momento e o que eu ouço são as queixas, as cobranças... tudo sendo jogado na minha cara e aumentando ainda mais minha dor...


Sinto-me uma criança que tem vontade de brincar trancada no quarto não importando o dia de sol que faça lá fora, simplesmente porque aqui dentro é o meu mundo e por mais sombrio que ele seja eu aprendi a fazer de tudo que me machuca minha companhia, as exigências das pessoas lá de fora fazem eu me sentir impotente, "anormal"... 


E o pior de tudo... o pior de tudo, eles acreditam que é escolha minha estar trancada aqui dentro...




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