terça-feira, 16 de outubro de 2007

A verdadeira morte é o esquecimento...


Não sei com precisão quando este assombro invadiu minha alma, não saberia datar a minha morte... Apenas vejo-me como agora, sozinha, amargurada e destituída de sonhos. Aconteceu lentamente e pouco a pouco minha força vital foi se esvaindo. Perdi os sonhos, perdi a confiança, perdi a esperança, perdi o amor... Não por deixar de acreditar nele, mas sim, por ver alguém, transformando em terra todas as estrelas que eu coloquei nas suas mãos. Todas as mais belas imagens desenhadas em papel-seda foram borradas, rasgadas... jogadas ao ar e a própria sorte... As mais belas imagens em papel tão frágil, o mais forte amor em um coração tão sensível... Não poderiam resistir por mais tempo, suportaram bravamente a dor até que expiraram com lágrimas pela batalha travada sem que se quisesse, batalha travada e perdida.

E eu... Eu me vejo morte emocionalmente, decepcionada com o que um dia foi meu maior desejo e minha maior inspiração. Você não mediu suas palavras, não mediu a consequência dos seus atos, apenas agiu despreocupadamente...
Você não cuidou bem do que tinha, me encheu de traumas, medos, incertezas... Adoeci em meio a tantas dores e decepções... deixei de sorrir, deixei de fazer planos pro futuro, deixei de confiar em ti, deixei de esperar o melhor, deixei de me sentir segura ao teu lado... foram tantas coisas deixadas, tantas coisas que foram ficando pra trás em consequência das terríveis dores que me provocaste, que na verdade, eu perdi meus sonhos...
E um ser humano que deixa de sonhar, que deixa de acreditar em seus sonhos, nada mais é que um ser humano morto...
Eu não sei datar quando aconteceu a minha morte, mas eu sei dizer o que me matou.
Meu amor envenenado por alguém agoísta,
A transformação de um sentimento belo num calvário para mim
A negação a minha singularidade
Meus sonhos sufocados
Que me fez chorar tantas vezes por nada ser além de um ser híbrido, fruto dos seus pensamentos e palavras, misturando o ontem ao hoje e destruindo o amanhã.

Não quero ser consolada, não quero promessas, não quero que sintas pena de mim, não quero sua bondade... Na verdade não quero mais nada de você, porque a única coisa que eu sempre quis, você nunca conseguiu me dar, e isso era respeito. Respeito a minha vida, ao meu amor, a minha dedicação, a minha singularidade, a minha companhia. E sem respeito, sinceramente te digo, não há mais nada que você possa fazer pra permanecer aqui, ao meu lado. Vá! É tempo de partir!

Creio que ninguém pode dar aquilo que não tem. Você nunca soube o que era respeito, você nunca deu nem recebeu respeito de ninguém... você simplesmente é destituído de respeito, bom senso, bons modos e boa educação.


Você me deu aquilo que você tinha e conhecia bem... desrespeito, imaturidade, acomodação, falta de vergonha e nenhum senso de certo e errado... ou seja, você me encheu do seu vazio.

Eu quero a minha vida de volta. Vou restituir-me de tudo que eu tinha e era antes de ser esvaziada por você. Vou me refazer e desfazer todo o mal que você causou em minha vida.

No dia que eu voltar a sonhar com certeza serei feliz. Pois minha alma é alma de criança. Preciso cantar canções de esperança, preciso sonhar sonhos de criança, preciso sorrir pra todos e por nada, sonhar acordada a beira-mar sentindo minha força crescer a cada onda ruidosa na areia.

Um ser humano com sonhos e fé pra acreditar neles é a vida como um rio correndo pro mar.
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