segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Cristianismo fede!

"Eu li a Bíblia de capa a capa. Chamar aquele livro de 'a palavra de Deus' é um insulto a Deus. Chamar aquele livro de um guia moral é uma afronta à decência e dignidade dos povos. Chamá-lo de guia para a vida é fazer uma piada de nossa existência. E pretender que ela seja a verdade absoluta é ridicularizar e subestimar o intelecto humano." 

Friedrich Nietzsche



Pra ilustrar a excelente citação de  Friedrich Nietzsche, nada melhor que a imagem deste verme imundo, corrupto, dissimulado, alienador e destruidor de muitas famílias que acreditam nos absurdos que este ladrão prega em suas lavagens cerebrais, chamadas pelos mais ignorantes de culto.  A humanidade seria bem melhor sem vermes malditos como este!

sábado, 21 de abril de 2012

Ódio

... E você aprenderá a não causar sofrimento falando mais do que devia.


Sinto o ódio exalando de cada poro, me inundando de uma necessidade urgente de causar dor e agonia a quem só mal me fez. O desejo de vingança vem e me toma de cheio e o mar que outrora era tranquilo e sereno agora é revolto e tempestuoso. As lágrimas que já derramei e as dores que eu já senti, tu terás também a oportunidade de experimentar, eu te garanto isso.


Avesso

Por te querer tanto
não mais te quero.
Por me fazer pranto
não mais espero.
Por te querer encanto
não mais me espanto.


Meu sentimento é avesso,
verso e reverso,
acolhimento e arremesso,
os dois lados da mesma moeda,
amor e ódio no mesmo endereço.


Te quero aqui
te quero distante
te recebo em meu leito
te vejo errante.


Aconchegada ao teu peito
te desejo amante
não te quero livre e saltitante
te almejo preso ao meu regaço
te encontro no tempo de um abraço.


Vá embora
Fique aqui
Não demora
Saia de mim.



Não sou masoquista, no entanto, as imagens me perseguem. Nosso amor sobrevive na carnificina da guerra, em meio a tiros e amputações. Fios elétricos se enroscam em meus sonhos. Pombas e corvos. No varal roupas brancas, pretas e alguns negativos queimados. 

Fico imaginando as pernas daquela vadia. A boca em desalinho. A câmera captando as imagens, as fotos dela, nua, nos seus e-mails, protegidas com a sua senha. Um tapa no meio assimétrico da minha cara. Às vezes, ele faz isso, mira no meio do rosto e enfia as duas mãos inteiras, ácidas na minha cara. Um abismo vermelho entre eu e ele. Ele dá gargalhadas quando percebe que meu riso se fecha. E eu tantas vezes perdida na inconveniência de suas mãos. Deixo-o falando sozinho, grito e bato as portas do meu desespero para abrir segundos depois, sempre em explosões cada vez maiores de ódio, tristeza e agonia. Ciclopes correm atrás de mim, me cercam, me mostram cordas fortes e longas: “Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.”. Ando sem rumo, nas ruas as pessoas velam seus defuntos, algumas levam seus mortos nas costas. Tropeço em caixões. Os meus fantasmas são tão palpáveis, tão concretos, tão reais! Eles acabam riscando o brilho fosco dos meus sapatos. Algumas pessoas encostam-se a mim, pedem desculpas constrangidas. Que se fodam elas e seus constrangimentos. Por que não engolem suas desculpas? Seria mais fácil eu disfarçar minha cara de nojo e tédio. As buzinas me lembram aquela velha louca que não para de gritar, parece um rádio fora de estação. Um rio verde e calmo explode dentro de sua boca. Pequenos caranguejos devoram meu presente já morto. 

Já não sei o que é mais forte, a vontade de matar ou de morrer.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O egoísta

Tenho fortes dores de cabeça, impaciência, mau humor, vontade de morrer e uma cartela a menos de calmante, fruto dos últimos dias infernais que tenho (sobre)vivido. Como pode alguém ser tão egoísta a ponto de cobrar o seu padrão de normalidade a alguém que simplesmente não enxerga o caminho do meio. Como alguém pode dizer que me ama se não entende que sou feita de extremos opostos que se colidem? Minha vida não é um circo e meu transtorno não é o show de bizarrice humana que me proponho a fazer, por mais que eu queira ser de outro jeito, minha mente funciona assim cheia de traumas e associações que doem muito mais em mim do que sou capaz de fazer doer em alguém. Mas falar tudo isso é filosofar sobre o nada, sobre o tudo que um egoísta se nega a ver e que assim se faz nada... Nada... 

domingo, 15 de abril de 2012

Boca de Lobo

Minh'alma deita suas vísceras no asfalto estrelado,
as tripas ainda esverdeadas digerem
sonhos e vertigens de outros tempos
vejo olhos e âncoras suspensas no espaço.

meu corpo é um cão pardo e faminto,
é uma cidade durante a noite
quando todas as casas trazem seus lixos à porta

Meu coração é um esgoto a céu aberto.


tela: Jose Luis Fuentetaja

terça-feira, 10 de abril de 2012

Um atleta boçal - Parte 2

Depois deste post, fiquei com muita coisa pra ser resolvida, não dá pra simplesmente engolir certas coisas e seguir assobiando como se nada tivesse acontecido. Em um momento de não mais aceitar sofrer pressão e ser responsabilizada por algo além de minha alçada eu pus a boca no mundo até ser ouvida, ainda não fui totalmente, mas consegui chamar atenção pro meu problema.

"Na sexta-feira, J**** me fez passar constrangimento público com ofensas do tipo "vai tomar no cú" e ameaças de agressão física, incluindo "quero só ver a nota que você vai me dar" e me ameaçou fisicamente. Eu não posso continuar nesta situação, onde o professor se nega a tomar uma decisão, e me delega funções que não são minhas, eu não sou professora do J**** ele não é problema meu.  Eu não posso correr risco de sair roxa da faculdade ou tomar um tiro na testa por causa de uma disciplina onde o professor se dá ao direito de não interceder em hipótese alguma."

"Como eu vou arrastar essa situação até o final do semestre quando aquele atleta boçal vai se achar no direito de ter uma nota alta sem ter feito nada e além de tudo infernizado a minha paz? Vou pagar pra ver se ele vai mesmo "acabar com a minha raça" como ele promete pelos corredores, enquanto o professor desfruta da sua posição de professor acadêmico?!"

"Gostaria que você, como monitor, levasse essa situação ao conhecimento do professor e tentasse interceder, estou pensando em ir a DEAM relatar esta situação, dizer que estou sofrendo agressões  verbais e ameaças físicas que o professor sabe de tudo e permanece omisso. O que eu não posso é me acabar por causa de uma matéria de faculdade." 

Feito isso eu lavei a alma, por conselho da minha psicóloga. Realmente ela estava certa quando me fez enxergar que eu não preciso provar nada a ninguém, que eu não preciso lutar bravamente pra não ser posta como cauda, mais uma vez como há tantos anos atrás. Aquilo passou e eu preciso enxergar essa nova realidade, eu não preciso mais abraçar todas as responsabilidades e arcar com o peso de tudo me cobrando 100% de rendimento sempre e sempre. Eu preciso me permitir me descobrir e viver.

Depois deste texto, o professor resolveu sair do posto de omisso e marcou uma reunião com o grupo inteiro amanhã, após a aula. Não estou esperando muito daqueles covardes pífios, que se não fosse o analgésico social chamado prouni ou enem nem saberiam o que é um campus de uma faculdade, no mais eles são farinha do mesmo saco, tão acéfalos quanto o atleta boçal e além de tudo não tem culhão suficiente pra assumir uma postura. Sei que vão tentar botar panos quentes, sair pela tangente e subir no muro, que é o lugar dos covardes e fracos, mas pelo menos o professor já saiu da sua redoma de vidro. Vamos ver o que acontece, estou firme no pensamento de ir a delegacia, minha integridade moral e física não tem preço. No mais, não vou nem pra julgar e nem pra ser julgada, irei apenas expor minha situação de fragilidade, que julgue o professor e que Deus limpe meus caminhos e me afaste dos seres desprovidos de capacidade intelectual.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

É impossível esquecer...

O que mais me dói é ter memória e todos os dias ter que me lembrar de tudo que eu queria poder esquecer.

Gostaria de chegar no fim da minha vida com Alzheimer pra esquecer todas essa sujeira de uma vez e partir com a cabeça vazia.

domingo, 8 de abril de 2012

Sou livre e sou normal, porque não?

Ando meio cansada dessa coisa de "blog borderline", dessa atmosfera claustrofóbica e doente onde nos escondemos e relatamos nossas vidas como se pedíssemos desculpas a sociedade por sermos assim, onde acabamos parecendo mais doentes que realmente somos, sempre atormentados e angustiados com sentimentos de vazio porque ninguém nos entende. Estou cansada desse "clube border" onde as pessoas parecem adorar disputar quem está mais na merda que o outro e de súbito entrar na disputa do pseudofeliz do momento... 

Sou normal com minhas limitações, como qualquer outro ser humano, todos temos nossas limitações e essa choradeira suicida começa a me irritar...



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