terça-feira, 10 de abril de 2012

Um atleta boçal - Parte 2

Depois deste post, fiquei com muita coisa pra ser resolvida, não dá pra simplesmente engolir certas coisas e seguir assobiando como se nada tivesse acontecido. Em um momento de não mais aceitar sofrer pressão e ser responsabilizada por algo além de minha alçada eu pus a boca no mundo até ser ouvida, ainda não fui totalmente, mas consegui chamar atenção pro meu problema.

"Na sexta-feira, J**** me fez passar constrangimento público com ofensas do tipo "vai tomar no cú" e ameaças de agressão física, incluindo "quero só ver a nota que você vai me dar" e me ameaçou fisicamente. Eu não posso continuar nesta situação, onde o professor se nega a tomar uma decisão, e me delega funções que não são minhas, eu não sou professora do J**** ele não é problema meu.  Eu não posso correr risco de sair roxa da faculdade ou tomar um tiro na testa por causa de uma disciplina onde o professor se dá ao direito de não interceder em hipótese alguma."

"Como eu vou arrastar essa situação até o final do semestre quando aquele atleta boçal vai se achar no direito de ter uma nota alta sem ter feito nada e além de tudo infernizado a minha paz? Vou pagar pra ver se ele vai mesmo "acabar com a minha raça" como ele promete pelos corredores, enquanto o professor desfruta da sua posição de professor acadêmico?!"

"Gostaria que você, como monitor, levasse essa situação ao conhecimento do professor e tentasse interceder, estou pensando em ir a DEAM relatar esta situação, dizer que estou sofrendo agressões  verbais e ameaças físicas que o professor sabe de tudo e permanece omisso. O que eu não posso é me acabar por causa de uma matéria de faculdade." 

Feito isso eu lavei a alma, por conselho da minha psicóloga. Realmente ela estava certa quando me fez enxergar que eu não preciso provar nada a ninguém, que eu não preciso lutar bravamente pra não ser posta como cauda, mais uma vez como há tantos anos atrás. Aquilo passou e eu preciso enxergar essa nova realidade, eu não preciso mais abraçar todas as responsabilidades e arcar com o peso de tudo me cobrando 100% de rendimento sempre e sempre. Eu preciso me permitir me descobrir e viver.

Depois deste texto, o professor resolveu sair do posto de omisso e marcou uma reunião com o grupo inteiro amanhã, após a aula. Não estou esperando muito daqueles covardes pífios, que se não fosse o analgésico social chamado prouni ou enem nem saberiam o que é um campus de uma faculdade, no mais eles são farinha do mesmo saco, tão acéfalos quanto o atleta boçal e além de tudo não tem culhão suficiente pra assumir uma postura. Sei que vão tentar botar panos quentes, sair pela tangente e subir no muro, que é o lugar dos covardes e fracos, mas pelo menos o professor já saiu da sua redoma de vidro. Vamos ver o que acontece, estou firme no pensamento de ir a delegacia, minha integridade moral e física não tem preço. No mais, não vou nem pra julgar e nem pra ser julgada, irei apenas expor minha situação de fragilidade, que julgue o professor e que Deus limpe meus caminhos e me afaste dos seres desprovidos de capacidade intelectual.


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