terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Foda-se o Natal!

O Natal existe apenas para me deprimir e me lembrar da família fracassada que eu tenho. O cheiro das comidas típicas natalinas me deixa mais deprimida a cada instante e eu fico preenchida por um enorme vazio, um enorme vazio e a frustração... 

Eu odeio festas de fim de ano, principalmente o natal. Sinceramente eu não me encaixo nesse status quo onde a hipocrisia das pessoas parecem crescer exponencialmente. Para mim, esse é um dos feriados que se deixasse de existir não iria sentir falta alguma. Abaixo reúno os motivos que me fazem odiar essa época do ano e que me faz ficar reclusa. Sim, eu sou uma anti-social inveterada.


1 - É um feriado religioso

Por ser um feriado religioso já odeio de ante-mão. Essa data é baseada numa mentira, como das muitas criadas pela Igreja Católica, e simplesmente não representa nada para mim. Só para esclarecer, a verdadeira data do nascimento de Jesus (se é que ele mesmo existiu) se deu por volta de março. A data de 25 de dezembro foi roubada pela Igreja, pois ela já existia em outros mitos. Quer saber mais? Assista Zeitgeist.

2 - Hipocrisia

Época da falsidade. As pessoas passam o ano inteiro te repudiando, te xingando, te mandando para lugares nada agradáveis. E nessa época todos ficam bonzinhos. Parecem querer compensar as maldades do ano inteiro na semana de natal. Odeio quando me falam Feliz Natal. Fuck you, people!

3 - Puro comércio

O que deveria ser uma data de reflexão em família virou um comércio puro. Os comerciantes esfregam as mãos de alegria nessa época. Os preços vão às alturas e eles faturam horrores. Devo confessar gosto da semana entre o natal e ano novo, pois os comerciantes querem acabar com os estoques e os descontos são enormes.

4 - Obrigação de dar presentes

Você é praticamente intimado a dar presentes, seja para os seus pais, namorado (a) ou para seus sobrinhos e primos. Se você não cumpre com essa tradição, você é amaldiçoado. Se você ganha um presente, automaticamente está implícito que se deve retribuir. Onde está esse tal de espírito natalino de dar sem nada receber em troca?

5 - Músicas natalinas

Elas são extremamente irritantes. Ficar ouvindo "Então é Natal" (versão de Happy Xmas de John Lennon) me faz vomitar. E Noite Feliz, então? Meu estômago embrulha.


6 - Papai Noel

Quando a gente é criança, colocam nas nossas mentes puras a imagem de um velhinho de barba branca que visita as casas das pessoas entregando presentes, voando num trenó puxados por renas. Dá dó de ver crianças escrevendo cartas para um ser fictício que nunca irá responder, e quando elas crescem vem a decepção: O Papai Noel NÃO existe! E além disso, que roupa é aquela?! Precisamos mesmo importar essa versão "nevada" num país tropical?!


7 - Reunião de família

Isso é um saco. Rever parentes que nunca te dão a mínima, que só te procuram por dinheiro ou interesse. O pior é que abraçá-los e desejar feliz natal com aquela cara de pau que não tem tamanho.


8 - Programação da TV, rádio, etc

Nessa época, a maioria dos programas são pré-gravados, retrospectivas ou reprises de melhores momentos . Nem a TV paga escapa dessa maldição. Foras os especiais irritantes , tipo Roberto Carlos, que tem todo ano. E sempre a mesma porcaria.

9 - Caixinhas de natal

Algo que era uma coisa espontânea virou uma obrigação. Todos querem uma caixinha, seja o carteiro, o lixeiro, o balconista da padaria e até o cracudo da rua, por não ter te roubado no ano todo. Porra! Ninguém tem obrigação de dar caixinha para ninguém. A pessoa que lhe presta tal serviço já está sendo paga para tanto e isso irrita. 
Vou começar exigir caixinha para cada aluno que deixar de ser gordo, fraco, lento ou flácido graças a minha boa vontade. Será que vou lucrar com isso?


Foda-se o Natal!!!



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O vento e o tempo.

“Considere o amor como sua vida e a verdade como a sua respiração."

Ah! Se eu pudesse voltar no tempo...
Ah! Se eu soubesse antes o que sei agora...

Em 2013 eu aprendi que a verdade dói, mas que teria sido infinitamente melhor a dor da verdade do que a amarga ilusão da mentira, que como areia movediça tragou-me para a fria escuridão. Eu entendi que posso enganar muitas pessoas por muito tempo mas, não poderia jamais enganar a todas as pessoas todo o tempo. Agora só me resta fechar os olhos e mergulhar num mundo onde o tempo pode voltar, onde os sonhos podem se tornar reais.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dezembro


"A menina que fui volta sempre em Dezembro. Com vontade doida de construir pontes de um coração a outro. Vontade de chegadas, muito mais que partidas. (...)

E sempre que chega Dezembro, ela se esquece dos medos, das quedas, dos embaraços da alma e sente que uma coisa nova nasce dentro dela, pura e bonita. E deixa pra lá os traumas, as angústias, só porque é Dezembro e o Natal tá logo aí. Só porque tem esperança brotando em cada rua, em cada enfeite, em cada luz. Porque nasce com ela, em Dezembro, essa vontade louca de ver tudo melhorado, com olhos esticados de esperança."



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Criança em Ruínas

Tenho sentido dores insuportáveis nas articulações e um sono que parece não mais ter fim. Nos momentos em que estou acordada, sou tomada por uma avalanche de pensamentos. Por estes motivos, tenho andado ausente aqui do blog. A sensação predominante é de dor e desânimo. Mas como nem tudo são trevas, meu desejado e esperado livro cruzou o oceano e chegou às minhas mãos (finalmente). De Portugal para a minha estante de livros.

:: A temática relacionada com a perda e o desmoronar da felicidade perfeita da infância, semelhante à expulsão do paraíso dourado, um reduto que parece estar apenas reservado aos mais jovens, é a temática desenvolvida pelo autor em A Criança em Ruínas.
A inspiração, vinda do Livro do Gênesis, serve de pretexto para explorar a eterna questão da busca da felicidade, que nunca será total, uma vez que as circunstâncias temporais dos momentos perfeitos nunca se repetem. Esta é a linha que norteia o discurso da obra de José Luís Peixoto e do homem que se oculta por debaixo dos escombros, num título tão intrigante como A Criança em Ruínas.

“…amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga”.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Fragmentos

Às vezes, os dias insistem em não passar e me trazem à tona tudo aquilo que eu queria esquecer...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pés descalços...

Insistir em algo que nunca dá certo é como calçar um sapato que não serve mais.  Incomoda, machuca, causa bolhas, às vezes, até sangra. Aí você percebe que o melhor é ficar descalço. Deixar totalmente livre o coração enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Por que quando a gente vai crescendo, o número muda. E o que você insistia em pôr, não lhe serve mais. Às vezes, na vida você tem que esquecer o que você quer, para começar a entender o que você merece.



Me livrei do peso de carregar nas costas aquilo que já não me serve mais...
Sigo em frente, sempre em frente, com os pés descalços. E aquele sapato velho?! Eu joguei fora!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pra descontrair...


Tem muito tostão achando que é barão... Mas não se pode dar luz aos cegos, ensinar porcos a cantar ou ensinar novos truques a cachorros velhos... Então, que se dane!


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sinais de Insanidade e Sanidade Mental

Os sinais de insanidade são (dentro de um espectro que vai do mais grosseiro até o mais sutil e difícil de perceber):

1- Comportamentos estranhos ,bizarros e autodestrutivos;

2- Discursos confusos, fora da realidade e idéias repetitivas;

3- Agressividade verbal e física;

4- Obsessividade, compulsividade e impulsividade;

5- Mudanças súbitas de humor, com instabilidade afetiva;

6- Retraimento pessoal, isolamento social e embotamento afetivo;

7- Retardo na comunicação( descompasso entre o falar e o ouvir);

8- Fanatismo;

9- Inveja, culpa, ciúmes, atitudes de desprezo e ganância;

10- Atos inconsequentes, desrespeito a regras e convenções;

11- Necessidade de controlar as outras pessoas e os ambientes;

12- Baixa autoestima;

13- Materialismo obsessivo;

14- Arrogância Intelectual, financeira e jogos de poder;

15- Uso de substâncias viciantes;

16- Indecisão compulsiva;

17- Medos inexplicáveis;

18 -Queixas físicas com exames médicos negativos;

19- Baixa autoaceitação;

20- Discursos prolixos, pensamentos circulares e maçantes;

21- Infelicidade crônica;

22- Baixo desempenho laborativo;

23- Baixo desempenho sexual;

23- Descontrole financeiro;

24-Dependência dos outros( financeira, emocional e intelectual);

25- Atitude de queixar-se constantemente;

Essa psicometria de vinte cinco itens permite prever a necessidade de avaliação psiquiátrica e tratamento médico e/ou psicoterápico.


Qual o maior grau de insanidade mental ?

Achar-se tão normal, a ponto de pensar que os outros estão insanos por pensarem que ele está insano. Desconfie da sua sanidade mental. Sua mente é um mecanismo responsável pelo seu potencial de sobrevivência e felicidade. Sem o devido ajuste, o resultado final é pífio, perigoso e pobre.


Onde está a sanidade mental?

Na reversão dos vinte cinco itens! No aprimoramento dos opostos dos vinte cinco itens! Se a pessoa é invejosa, ela está com a sua autoestima doente. Precisa de psicoterapia para encontrar o seu próprio valor e parar de invejar o colega, parente ou amigo! Se a pessoa precisa controlar os outros (jogos de poder e sadismo), ela precisa de psicoterapia para descobrir que as leis naturais não respondem ao controle do homem. E o homem faz parte do universo. Deixe de controlar os outros e recupere a sua sanidade mental! O arrogante intelectual está doente (e ainda tem argumentos, o que torna o processo cansativo) e não aceita ajuda. Está insano! O dependente químico funciona com "muletas químicas" para ter uma personalidade. Está insano! E assim por diante.

Como reverter a insanidade mental?

Vai depender da posição do indivíduo na Curva de saúde mental. Se o indivíduo é daquele grupo de pacientes psicóticos, vamos estabilizá-lo com medicamentos. Se o indivíduo for do grupo de neuróticos, podemos trazê-lo , com técnicas terapêuticas, de volta para a sanidade mental! E esse processo começa com a ajuda do terapeuta e segue depois, durante toda a vida, por conta do paciente.




terça-feira, 12 de novembro de 2013

O que é a síndrome da criança mimada?

Para a maioria dos autores, a síndrome da criança mimada ocorre quando a criança: 

  • Não respeita regras nem aceita sugestões 
  • Não responde às palavras “não” ou “pára” 
  • Está sempre a protestar 
  • Não sabe distinguir as suas necessidades dos seus desejos 
  • Faz exigências injustas ou excessivas
  • Não respeita os direitos dos outros 
  • Tenta controlar as pessoas 
  • Tem baixa tolerância à frustração 
  • Chora ou faz birras com frequência 
  • Queixa-se sempre de estar aborrecida

Criança mimada tem poucas chances de vencer na vida.


Cuidado para não transformar seu filho num tirano. O problema é que aquele serzinho inofensivo e fofo que sujava fraldas e usava chupeta pode se tornar um homem feito (apenas cronologicamente falando) e uma verdadeira criança imatura, insuportável e mimada para o resto da vida, alguém que não enxerga nada além do próprio umbigo, ou seja, seu filhinho pode se tornar um problema para os outros. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Perdas e Ganhos

Me aconteceram coisas muito intensas em 2013, não estou fazendo minha retrospectiva mas existem fatos que não podem ser ignorados. 

Me envolvi em um relacionamento perigoso, instável e sem futuro com um outro borderline de Portugal, poucos dias foram suficientes para mostrar o quão destrutivo podem ser alguns relacionamentos. Gastei tempo, gastei dinheiro, me feri emocionalmente, feri meu noivo (meu companheiro que divide a casa e a vida comigo), fiz várias loucuras, agi por impulso,  cometi as mais loucas insanidades, fui de encontro ao abismo mais fundo, mas graças a Deus eu sobrevivi. E bem sei que terei muito mais tempo para viver do que aqueles dias que passei com o "outro borderline", vou trabalhar (na minha área profissional que é minha paixão) e vou ganhar muito mais dinheiro do que aquele que eu gastei com o "outro borderline". 

A vida vai retomar seu curso normal e de tudo que passou fica o aprendizado, sobre mim mesma, sobre minhas crises, sobre o quão longe eu posso ir e do tanto que eu preciso pensar, repensar e refrear meus impulsos. 

Não se cai no mesmo buraco duas vezes. 

O meu companheiro me perdoou, está ao meu lado e estamos mais unidos que antes, somos amigos, nos divertimos juntos. Ele é meu porto seguro, a oscilação perfeita entre os quatro pontos cardeais. Ele dá luz e sentido à minha existência, torna meu caminhar mais tranquilo e eu o amo e agora, mais do que nunca, eu sei que ele é o meu anjo, meu cuidador, meu amado, meu noivo e minha metade.


"Aprendi que as paixões são intensas mas se vão sem dar adeus. Prefiro o verdadeiro amor, que fica, se acampa, bate o pé, faz morada e me permite ter um final feliz."


Esta imagem é para simbolizar as folhas que caem no outono e como a natureza se renova, desprezando o que já não faz falta e preservando o que é fundamental.

domingo, 10 de novembro de 2013

Ser sã.

Se ser sã significa livrar-me de tudo que faz mal, de tudo que me desvia do caminho certo, que me atrasa, que me prende, que me oprime e que me faz sentir culpa e arrependimento, eu posso dizer que nunca fui tão sã em toda a minha vida. Finalmente percebi que certas coisas permanecem em nossas vidas apenas para nos manter presos a um passado que não pode levar a lugar nenhum. Lamento pelo que me foi tomado, pelo que me foi tirado, mas bem sei que, terei muito mais tempo do que aquele que desperdicei com a pessoa errada e vou trabalhar e ganhar muito mais dinheiro do que aquele que gastei com a pessoa errada. Infelizmente, eu sou do tipo que precisa errar para aprender, sou do tipo que precisa cair de um precipício para acreditar na gravidade. Mas agora eu estou pronta para seguir em frente sem olhar para trás. Adeus você! 

No Meio do Caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A promessa


 "Estamos tão ligados, já não temos o que temer"

Quando eu me apaixonei por você, foi sem perceber, sem querer, sem premeditar... quando eu me apaixonei por você eu não queria fazer esta confusão em sua mente, em sua vida, eu queria tão pura e simplesmente transformar-te num amigo-enamorado, num bem querer.

Quando eu me apaixonei por você, voltei a ver a vida, as coisas, as pessoas com olhos de menina, voltei a sorrir com a alma... Tudo se deu tão suavemente que quando eu percebi que me apaixonei por você, a afeição há muito já havia se transformado em amor.

Quando eu me apaixonei por você, eu voltei a ser pura porque tudo que havia de ruim em mim, se dissipou... os medos, a angústia, o passado...

Quando eu me apaixonei por você, eu imaginava te declarar tal amor com as mais belas e significativas palavras, mas eu não pude ordenar minhas emoções, e nada saiu como o planejado... ensaiado, tudo saiu sentido. As palavras poucas e confusas, o turbilhão de sensações que me devorava, o meu jeito desconsertado que você não viu... as energias cósmicas e explosivas foi tudo que sentimos.

Quando eu me apaixonei por você, eu já te admirava e eis que habita em mim um amor que não tem pretensão de acontecer... apenas existe e alimenta meu ser d'uma doce ilusão...

E se tudo isso for mesmo uma ilusão, ainda terei coragem para cantar versos de esperança e a alma pra sonhar sonhos de criança. Sinto-me, às vezes, confusa e sozinha, toda essa escuridão me assusta e meu êxito depende de enfrentar o que me amedronta, sinto um frio na espinha, não sei bem o que sou, não sei o que serei, não sei o que será... mas tenho ainda muitos sonhos apesar de não acreditar no futuro.

" I've still got your face painted on my heart, scrawled upon my soul, etched upon my memory..." vai dizendo a música que toca em meu rádio, enchendo meu apartamento de um grande vazio... uma angústia, me fazendo pensar que a solidão transforma em nada tudo que temos... e o mar à minha frente só faz aumentar minha sensação de "pequenez".

Música sem voz, laços sem nós, ausência de definição, existência sem razão, um cão sem dono, uma árvore no outono... parece que está sempre faltando alguma coisa. Não existe nenhum caminho pra ser seguido que não nos faça pisar num ou n'outro espinho.



 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Pensamentos

"Eu fico pensando olhando para todos os lugares que antes não pensavam ser interessantes, aliás são mesmo interessantes? Só sei que as coisas que nunca notei de repente me chamam a atenção como um imã. Nunca conheci o amor, hoje o conheço. Nunca conheci o ódio, hoje o conheço. Nunca conheci a verdade, só conheço a mentira." 

:: Kurt Cobain 



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nonsense

Day 345. Im still looking for the promised 3000 dollars a month. My water supply has almost gone and my food ran out long ago. I dont know how much longer I'll be able to keep searching. One of my feet caught frostbite and I can only cover small distances now. I have almost lost all hope.


sábado, 26 de outubro de 2013

Meu Porto Seguro.


Hoje não pensei no passado, nem fiz planos futuros... não questionei a vida e nem me queixei dos meus problemas... não vou deixar o passado manchar minha retina, decidi olhar sempre pra vida com olhos puros de menina.

Eu já me apaixonei várias vezes. Já tive vários tipos de paixões - aquelas que gostavam de mim e eu não correspondi; paixões apenas minhas e não correspondidas; paixões que me traíram; paixões que eu achava serem amor, e nada eram; paixões doentias; paixões que me apresentaram os vícios;paixões que me fizeram desperdiçar tempo e dinheiro, paixões que levaram "coisas" de mim e que não deixaram nada; paixões vis e mesquinhas que tiraram minha paz; paixões que me fizeram sonhar alto demais;  paixões que me fizeram evoluir; etc...

Eu ainda acho bom se apaixonar - e eu estou apaixonada agora, como sempre... Há alguns anos descobri que tenho o transtorno borderline - isso clareou bem mais o meu entendimento sobre minhas emoções descontroladas... Não importa! O que importa é a pessoa aceitar a suas "bizarrices" e tentar achar pessoas que gostem delas... (e eu, graças aos deuses, encontrei essa pessoa).

Se apaixonar é perigoso! - Essa condição mental mexe com substâncias físicas e sociais da vida da pessoa... Talvez o mais importante não seja a paixão em si, ou viver apaixonadamente - mas sim procurar ver o que se vai, o que se vem e o que permanece... Pois toda paixão acaba - mas a vida continua...

Eu cometi um erro que levou de mim, horas, dias, semanas, meses... muito tempo e dinheiro, uma completa loucura, o pior surto, a pior crise pela qual eu passei mas, eu sou otimista e acredito que tudo tem um porque na nossa vida, acredito na lei do karma, entendo e aceito esta lei imutável que é maior que eu e minhas vontades... Agora ciente e experiente, eu não cairei novamente num erro tão vulgar. Meus olhos sabem o caminho a seguir ainda que fiquem cegos, eu sei a quem pertenço e sei plenamente quem me faz bem. Fazia parte dos planos divinos passar por tudo isso, cair para levantar, errar para aprender, e ter o perdão dele, ter o seu perdão e o seu amor doce, mais forte, mais amigo e mais indispensável do que nunca (Hare Krishna por isto).
Meu amigo, meu noivo, meu marido e meu eterno namorado; meu amor doce que veste preto e usa spikes, meu companheiro de rock in Rio, de partidas de vídeo game, de literatura, de passeios a dois, de momentos difíceis, de momentos de crise, de momentos de surto, egoísmo... Seu amor é meu porto seguro meu doce Bibi.



domingo, 13 de outubro de 2013

48 horas.

É difícil sentar aqui e desabafar, é difícil organizar tantos pensamentos, tantas emoções e tantos sentimentos pungentes e contraditórios. Tenho me esforçado pra me manter de pé depois do furacão pelo qual eu passei. E eu sei que preciso falar deste furacão para sentir-me em paz comigo mesmo, pra aliviar a pressão aqui de dentro, viver o luto, enterrar uma quimera... Eu vou precisar escrever um post longo falando de como uma amizade border x border de quase três anos, tornou-se uma paixão arrebatadora em menos de um mês de conversa via skype, como essa paixão resistiu a dois meses de virtualidade e depois disto atravessou o oceano no trajeto Portugal x Rio de Janeiro e o seu desfecho trágico, além da sobrevida que ainda existe para este sentimento; Um fim de existência lento e agonizante ou uma “atuação borderline”? Será que estou onde devo estar? Onde quero estar?  Será que hei de permanecer aqui? O que o futuro me reserva? O que eu ainda preciso enfrentar do passado? Além do TPB, a mitomania, além das duas doenças, a minha eterna indecisão, instabilidade, medo e ansiedade... Há dois dias não procuro o H (“o outro border”), são 48 horas que se parecem uma eternidade... Abstinência? Saudade? Vazio? Obsessão? Mudança de hábito? Quebra de rotina? Amor? Loucura? Sinceramente não sei... A cabeça anda lenta demais pra processar qualquer coisa e o mau humor está instalado na máxima potência. Hoje eu saí de casa pra dar uma volta, comprar um livro (mais um!), comprar ingresso para o show do Aerosmith e comer, mas como era feriado, todos os lugares estavam lotados e eu consegui arrumar confusão com toda gente, principalmente um homem que estava no Banco do Brasil demorando uma eternidade no caixa eletrônico e que teve a infeliz ideia de me dar uma cantada e saiu escorraçado de lá... Acreditem, eu ameacei “meter a porrada” no sujeito!

É, pois é... tem sido dias bastante intensos...

Ah... O livro que eu comprei dessa vez foi o "Como eu era antes de você".
Estranha coincidência, não?!




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Só o pensamento sobrevive...

Tudo caminha de forma aleatória,
As correntes tornam o andar mais difícil,
Com as mãos amarradas não posso segurar,
E a visão não está mais no lugar.

Pegar um pouco de ar é impossível,
Porque o possível não está lá,
E com a defesa esgotada,
Não se pode mais descansar.

O tempo corre sem demora,
Empurrando, se debatendo. 
E ao lado percebendo,
Que sobrevive só o pensamento...



"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar." 
(O Pequeno Príncipe)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Abraços

O melhor lugar do mundo? É sem dúvida dentro do seu abraço. 
Nossos abraços eram o encontro de dois corações.
"Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu 
precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo..."



domingo, 6 de outubro de 2013

Me identificando e refletindo com Kare Kano

Comecei a assistir o anime KareKano ontem, e apesar de ser um desenho “bobinho”, me fez pensar em várias coisas, além disto tem cenas e frases bem marcantes. Mas o que me impressiona é a semelhança da personagem principal comigo. Ela precisa ser o centro das atenções, gosta de aparecer, necessita receber elogios e ser a melhor da classe e carrega muitas farsas e mentiras para esconder seu lado sombrio. 

Na escola ela conhece o menino que, assim como ela, aparenta ser um exemplo a ser seguido, mas que também tem um lado obscuro e secreto. Ambos desenvolvem uma forte amizade por conta de tudo aquilo que tem em comum e acabam se apaixonando, mas as mentiras e a vaidade narcísica da Yukino coloca tudo numa corda bamba, eles entram então numa crise existencial e precisam descobrir a si mesmos, vencer seus medos e quebrar suas máscaras para poderem ser de fato um casal, sendo apenas o que eles são na essência. 

Ele se torna o motivo pra ela deixar para trás as mentiras e as falsas aparências. E apesar de todos os encontros, desencontros, diferenças, brigas e decepções, um não consegue se afastar do outro, e eles estão sempre juntos, seja fisicamente ou em pensamentos, e esse elo tão forte se torna a razão pela qual ambos lutam para se desvencilhar de seus lados sombrios. 

Assistir esse anime me fez refletir minha própria vida, olhar para tudo que tem me acontecido nos últimos tempos e registrar aqui o meu agradecimento por ter aprendido, ainda que por meio de sofrimento e vergonha, a buscar a verdade dentro de mim e dizê-la e vivê-la.

Você abriu-me os olhos para mim mesma, você enfiou o dedo naquela ferida profunda que eu fingia não existir, você provocou uma erupção em mim e isso é algo que eu jamais vou esquecer. Você me fez renascer, ressurgir e aprender que eu posso ser bem-sucedida, interessante, carismática, ter amigos, ser amada, ser inteligente e etc. sem estórias mirabolantes, sem precisar “encantar” as pessoas com mentiras, sem usar máscaras, você me ensinou a ser eu mesma e isso é libertador. É algo que eu jamais esquecerei e é algo que vai mudar completamente a minha vida. Eu queria te agradecer por isto,  és alguém que apesar de todas as suas próprias dificuldades consegue me ajudar a encontrar-me, a ser melhorMuito obrigada por dar vida a mulher que vivia presa aqui dentro, sufocada num mar de mentiras.



Ao som de: Wish You Were Here - Pink Floyd


sábado, 5 de outubro de 2013

Finalmente a verdade... e a libertação!


"É árdua, sem dúvida, a tarefa de nos construirmos. Tal como – noutro plano – a de enriquecer. Quando fingimos ser o que não somos, fazemos algo semelhante ao que faz aquele que assalta um banco para se tornar rico: escolhemos o caminho que prescinde da paciência e do esforço. E esse caminho não pode trazer – nem a nós nem aos outros – nada de bom. Não é autêntico.

Acontece-nos por vezes que temos objetivos que exigem de nós aquilo que ainda não somos capazes de dar. Nesses momentos, devíamos compreender, simplesmente, que aquilo não é para nós; que ainda temos de crescer; que nos falta uma determinada porção de esforço e de luta". (Paulo Geraldo)


Procurando entender 

Prosseguir e entender: 
Este impulso da vida. 
Perseguir e aprender: 
A verdade perdida. 

Mas persigo, insisto, 
E tento explicar: 
Teu sentimento perdido, 
Tentando encontrar. 

Confusa, insegura, 
Consigo te amar: 
Perene, infinito, 
No fundo do olhar. 

Fitando feridas, 
No céu cativar: 
O gosto amargo, 
Do beijo... e o chorar. 

Esquecer o impossível; 
Teu amor desejar... 
Permanecer incansável - 
E em teu colo sonhar. 


Que alívio em dizer a verdade, se desfazer das máscaras, dos personagens, das mentiras e das manipulações... É como tirar uma tonelada das costas, sinto-me mais encorajada a seguir em frente e agora, sem os grilhões que me prendiam ao chão, a caminhada será mais tranquila. E é muito bom poder contar com um braço estendido, com uma mão amiga e muita paciência pra tornar isso real. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pequenas Satisfações e o Longo Caminho da Terapia

Antes de tudo, já é outubro, novos dias, novos tempos, novas decisões... Estava me arrastando numa fase lodosa, difícil, depressiva e dolorosa... Entre muitas dúvidas, medos, incertezas, ansiedade, temores quanto ao futuro, culpa quanto ao passado. Mas hoje, eu tive uma conversa, uma conversa daquelas que, de tão honesta me lavou a alma e me fez vislumbrar um novo horizonte. Não que tudo tenha se resolvido por mágica, de uma hora pra outra, num "plim",  mas eu pude perceber que nem tudo está perdido e que não vale a pena definhar entre uma agulhada e outra, entre mergulhos nas lembranças do passado, entre um comprimido de calmante e outro. Não adianta empurrar a vida sem vontade, sem ânimo como se tudo estivesse perdido, me vitimizando e me permitindo ser vítima... Muitas coisas estão fervilhando na minha cabeça e eu pretendo organizar tudo e postar aqui pra não perder o fio da meada. Mas por agora, eu quero me concentrar nos passos da terapia breve voltada para a solução e em todas as pequenas coisas que me fazem sentir tão feliz, a começar pelas duas músicas que escolhi pra escrever esse post: Sex on Fire - Kings of Leon e Glory Box - Portishead.

As dicas da terapia:
  1. Não fique remoendo o passado, um amor frustrado ou uma oportunidade perdida, deixe de lado a vaidade de ter controle sobre o que você não pode controlar.
  2. Não tenha dó de si, enfrente seus problemas e o que houver de mais difícil em sua vida.
  3. Olhe para os outros pelo que eles são e não pela forma como você quer enxergar e/ou como você idealiza.

As pequenas coisas que me fazem feliz:

  1. Ouvir aquela música que me faz sentir linda e me remete a dias bons (Sex on Fire do Kings of Leon, por exemplo).
  2. Ouvir muito rock and roll! E sentir cada grito, cada estrofe, cada riff!
  3. Sentir cheiro de grama e terra molhada quando começa a cair a chuva.
  4. Dormir com o barulhinho da chuva na minha janela.
  5. Sentir cheirinho de café, de bolinho de chuva ou de pão quentinho.
  6. Comprar livros novos!
  7. Cheirar livros novos!
  8. Olhar minha estante de livros cheia de títulos maravilhosos!
  9. Receber aquele abraço quando eu preciso!
  10. Descobrir o nome daquele música que vinha me "enfeitiçando" há tanto tempo.
  11. Zerar aquela fase difícil do video game sem usar "cheats".


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dor



"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."

(William Shakespeare)



sábado, 28 de setembro de 2013

Solidão

Caminho por entre espinhos, em cada andar.
Perco-me por entre passos curtos porém largos
Olho para o lado... Longe na distância que separa
A realidade ilusória construída por fragmentos de dor
E pedaços de sentimentos contraditórios.

Atravesso a tempestade de forma lenta e passiva
Meus olhos sangram ao enxergar,
O que não pode ser visto.
Perco os sentidos e a vida não mais é sentida,
Ela é expressa somente no instante vivido.

Dois caminhos se cruzam,
Duas estradas e um só pensamento,
A dúvida corrompe o caminhar,
Levando ao extremo da insanidade.

O que fazer se não há nada a ser feito?
O que mudar se a escolha não decide?
Esperar... Acordar... Continuar a caminhar...


Somos anjos de uma asa só.
Precisamos nos abraçar para alçar vôo.


Ao som de: Hate This And I'll Love You -  Muse

Mitomania

Dizer a verdade é um sofrimento para quem tem mitomania, doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado essencialmente por declarações mentirosas vistas pelos que sofrem do mal como realidade.

É um distúrbio de comportamento e conduta que pode ser sério e pode estar associado a casos de depressão, transtorno de personalidade e que em alguns casos podem levar até ao suicídio.

Uma das grandes diferenças do mentiroso(a) esporádico ou “tradicional” para o mitômano, é que no primeiro caso o individuo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro de forma imoral sem sentir a necessidade de desfazer o engano.

As inverdades dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais graves.

Os mitômanos não possuem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas.

É considerado um transtorno grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares.

Para os mitômanos, dizer a verdade é um sofrimento. Eles contam histórias e ao mesmo tempo acreditam nelas como forma de consolo. A mentira nesse caso é somente um meio para outros fins.

O mitômano sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. Neste caso a pessoa prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade exterior. Tem a necessidade de contar essa historia para se sentir tranqüilizado e de acordo consigo mesmo.

Essa doença é definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado por declarações mentirosas.

Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em função da angustia, TOC, depressão e pós-depressão.

A manifestação da mitomania deve-se a profunda necessidade de apreço ou atenção.

A maioria dos casos ao serem expostos, tornam-se vergonhosos. É extremamente raro mitômanos que buscam ajuda por vontade própria, pois eles não vêem que estão sofrendo de um mal.

A ajuda dos familiares e amigos se tornam extremamente importante na vida do individuo que sofre da doença, já que eles que irão indicar os pontos e erros.

Sem o apoio e após a exclusão do grupo que freqüentava o individuo acaba vivenciando uma situação sem saída e não consegue ver aquilo que ama e deseja.

O mitômano poderá apresentar sintomas de solidão e profunda melancolia. Aconselha-se que as pessoas que o rodeiam ajudem nesse processo, pois caso contrário o mitomaníaco acaba optando pelo desejo de morte.

A cura do individuo reside principalmente da conversa clara com aqueles que o rodeiam, expondo a sua vontade de melhora.

O tratamento baseia-se do apoio familiar, acompanhamento psicoterapêutico e tratamento psiquiátrico.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Love Hate Love



No meu rádio a canção diz "tentei te amar, achei que podia, tentei ter você, achei que iria, perdido dentro da minha cabeça doentia vivo por você, mas não estou vivo, pegue minha mão antes que eu me mate, ainda te amo, eu ainda queimo..", enquanto Alice in Chains canta "Love Hate Love" eu vejo as horas passando lentas, com os pensamentos devorando o pouco de sanidade que me resta, perdida num abismo de verdades e mentiras onde um turbilhão de sentimentos me consomem por dentro e eu não consigo expressar, não consigo externar... Os pensamentos me perseguem, as lembranças me fazem sentir culpada e me sinto encurralada. Espero a ajuda do tempo, espero a ajuda de um deus no qual eu não consigo mais ter fé, espero chegar perto da cura me permitindo ser uma cobaia de procedimentos inovadores, espero por tudo esperando por nada... 

- A ferida vai cicatrizar um dia e a dor cessará mais cedo ou mais tarde e essas lágrimas que eu choro agora, secarão. Repito eu, para mim mesma.


Eu precisei criar tantas estórias e tantas ilusões pra suportar a realidade da minha vida e agora não consigo mais encontrar o caminho que me conduz a saída. Tudo se tornou cinza, enfadonho... E é uma angústia torturante querer mostrar como eu sou de verdade, mostrar porque eu criei esse universo e não conseguir... Me vejo com os pés atados em tantas mentiras,  em tantas fugas, em tantos disfarces e personagens que eu criei pra lidar com a minha dor, que eu já não sei mais quem sou eu de verdade, o que é a doença e o que é delírio...

"O abismo olha para mim, mesmo que eu não olhe para ele
Me persegue, me procura 
E me acha em berço doce 
Mas a lembrança das carícias brandas 
Me guarda da perdição 
Que seria minha existência rastejante 
Se não tivesse tido teus olhos, teu sorriso, tua mão doce em conforto...



Prosseguir é o mais difícil,
Desistir é possível,
Permanecer imutável na solidão de si mesmo
Com o tempo correndo ao contrário.

Perder o que não se tem,
Encontrar o que não se conhece,
Partir sem deixar marcas
Somente a procura do inexistente."




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sepultamento de um grande amor.


“…a minha dor é esta primavera que nasce e me mostra 
que o inverno se instalou definitivamente dentro de mim”.


Acho que não se pode sepultar nada sem chorar muitas lágrimas. Eu estou no vale das lágrimas, perdida no abismo que é pensar e sentir. Preciso me habituar ao vazio que você deixou e que eu insisto em não aceitar, sentir o peso da verdade que eu me recuso a acreditar...

Preciso aprender a andar pois já não possuo mais duas asas para voar, ficarei aqui com meus pés fincados ao chão me alimentando das lembranças do passado, até que um dia eu possa finalmente secar as lágrimas e andar de cabeça erguida com o vento batendo nos meus cabelos. 

Preciso te arrancar de dentro de mim, preciso expirar você e deixar o vento levar o que ficou de você em mim, preciso me esvaziar de tudo e deixar você num canto da memória, num porta retrato empoeirado na minha estante e lembrar de você de vez em quando, sem dor e sem saudades, sem culpas e sem mágoas quando eu ouvir uma das nossas músicas...


"Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo."


"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa. 
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim. 
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir."


Ao som de: Creep - Radiohead / Dream On - Aerosmith / Creep - Stone Temple Pilots


Conto de Fadas pra suportar a vida...

Eu sustentei muitas farsas por muito tempo, doces mentiras inofensivas que davam um ar literário, cinematográfico ou épico à minha miserável e sofrida vida.  Era uma forma de alívio, de mascarar a dor e principalmente mascarar a vergonha, eu sempre tive muita vergonha da vida que eu levei como consequência da conduta dos meus pais e da forma como eles me tratavam. 

Quando eu era criança, passava o tempo a imaginar situações, estórias e vidas diferentes da que eu tinha... Sempre gostei dos livros porque eles me permitiam viajar sem sair do lugar e mantinham a minha mente fértil e sempre tive muita dificuldade em desvencilhar o real do imaginário, as coisas se permeavam e me confundiam e como minha memória sempre foi fraca isso foi criando raízes cada vez mais profundas em mim. 

Eu sempre gostei de imaginar, dar ares de grandeza a pequenas coisas, escrever com rimas ricas os eventos do cotidiano e como não prejudicava ninguém fui me embrenhando por esse caminho cada vez mais e mais... 

Eu sempre fui teatral, desde a infância, eu gostava de encenar no espelho, criar personagens e fazer monólogos, quando cresci isso me acompanhou na escola onde as minhas redações eram sempre aclamadas, e isso foi me seguindo, me seguindo silenciosamente e começou a fazer parte de mim... 

Eu sempre tive tendência ao exagero e sempre gostei de fantasiar a realidade... Porque sempre foi difícil para mim encarar a minha realidade.

"Quem é mais sentimental que eu?
Eu disse e nem assim se pôde evitar (...)
No abismo que é pensar e sentir"


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