É difícil sentar aqui e
desabafar, é difícil organizar tantos pensamentos, tantas emoções e tantos
sentimentos pungentes e contraditórios. Tenho me esforçado pra me manter de pé
depois do furacão pelo qual eu passei. E eu sei que preciso falar deste furacão
para sentir-me em paz comigo mesmo, pra aliviar a pressão aqui de dentro, viver
o luto, enterrar uma quimera... Eu vou precisar escrever um post longo falando
de como uma amizade border x border de quase três anos, tornou-se uma paixão
arrebatadora em menos de um mês de conversa via skype, como essa paixão
resistiu a dois meses de virtualidade e depois disto atravessou o oceano no
trajeto Portugal x Rio de Janeiro e o seu desfecho trágico, além da sobrevida
que ainda existe para este sentimento; Um fim de existência lento e agonizante
ou uma “atuação borderline”? Será que estou onde devo estar? Onde quero
estar? Será que hei de permanecer aqui?
O que o futuro me reserva? O que eu ainda preciso enfrentar do passado? Além do
TPB, a mitomania, além das duas doenças, a minha eterna indecisão, instabilidade, medo e
ansiedade... Há dois dias não procuro o H (“o outro border”), são 48 horas que
se parecem uma eternidade... Abstinência? Saudade? Vazio? Obsessão? Mudança de
hábito? Quebra de rotina? Amor? Loucura? Sinceramente não sei... A cabeça anda
lenta demais pra processar qualquer coisa e o mau humor está instalado na
máxima potência. Hoje eu saí de casa pra dar uma volta, comprar um livro (mais
um!), comprar ingresso para o show do Aerosmith e comer, mas como era feriado, todos
os lugares estavam lotados e eu consegui arrumar confusão com toda gente,
principalmente um homem que estava no Banco do Brasil demorando uma eternidade
no caixa eletrônico e que teve a infeliz ideia de me dar uma cantada e saiu escorraçado
de lá... Acreditem, eu ameacei “meter a porrada” no sujeito!
É, pois é... tem sido dias bastante
intensos...
Ah... O livro que eu comprei dessa vez foi o "Como eu era antes de você".
Estranha coincidência, não?!
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