quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Alice

"Se tivesse meu próprio mundo, tudo seriam tolices. Nada seria como é. Tudo seria o que não é. E vice-versa. O que é, não seria. E o que não seria, seria.” Alice no País das Maravilhas, uma história para adultos genialmente disfarçada de conto infantil.


Alice é uma criança entediada com o mundo que a rodeia. O livro “Alice no País das Maravilhas” começa, aliás, com esta personagem sentada à beira-rio “sem ter nada que fazer” e, por isso mesmo, “farta” da sua própria vida. Quando irrompe à sua frente um coelho branco, vestido com um colete e munido de um relógio de bolso, a menina sente-se mediatamente seduzida a segui-lo. Obsessivo com o tempo, o Coelho Branco corre em direcção à sua toca — uma cavidade que representa a porta de entrada para um universo irreal — e, por impulso, Alice vai atrás dele. À sua espera está um mundo que, apesar de maravilhoso, não traduz a perfeição de um conto de fadas.
"Alice no Pais das Maravilhas" e o sujeito desejante, ou seja, o que lhe dá sentido e lhe confere uma identidade.



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