segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Identidade Secreta

Não posso me assumir publicamente, sendo TPB, fiz esse perfil só pra tratar desse assunto e não sofrer preconceitos. Porque diferentemente de um câncer, as doenças mentais não geram piedade em ninguém, geram somente o preconceito e os pré conceitos. Não quero que me olhem como uma louca, não quero ter as portas fechadas pra mim, simplesmente porque sou doente. E tá, dizem que TPB não é doença, mas eu me sinto mal a maior parte do tempo, e pra mim isso é estar doente.


Não gosto de crentes.

Quando penso nesse assunto meu corpo se contrai de angústia, meu coração acelera no peito, os olhos ficam molhados de lágrimas, os dentes ficam cerrados, os punhos se fecham e o ódio circula juntamente com meu sangue... Não quero que tentem me converter e não estou com vontade de procurar as boas ovelhas do rebanho. Atualmente, tenho minhas próprias convicções, mas esse assunto surgiu num post de um grupo TPB, e eu me abri, me abri tanto que resolvi publicar minhas palavras aqui no blog. Este é um dos assuntos mais delicados da minha vida, que me assombra e que eu evito abordar... Enfim, as mãos trêmulas e a respiração ansiosa me obrigam a terminar o que comecei... Foi no final de 1996, início de 1997 que meu mundo começou a desmoronar...

"Eu, honestamente, não gosto de crentes (evangélicos)... Imagine só, minha melhor amiga é lésbica, ela estuda comigo, na nossa turma tem um crente, certo dia, no meio de uma conversa ele disse assim pra ela: "no dia que você conhecer Jesus ele vai te libertar e você vai deixar de ser sapatão" Quer dizer, ela é lésbica por obra de um demônio?! Que preconceito irracional é esse?!"

 As pessoas distorcem muito o que leem e interpretam tudo da forma como elas querem. Sofri muitas decepções na igreja que minha mãe me levava a força. Na minha família, ninguém nunca levou minha doença a sério, pois eles acreditavam no pastor e se ele dizia que eu era endemoniada ao invés de doente, eu era endemoniada. Aos 18 anos meu pai resolveu me largar de mão, não pagou minha faculdade porque dizia que eu não ia prestar pra nada nunca. Eu saí de casa, passei muito sufoco, consegui batalhar pelo meu diploma e claro, peguei ódio da corja evangélica que, me colocaram na sarjeta como uma marginal sem cura.


Pra eles funcionava assim, ou aceita Jesus e pronto, você é liberto e perfeito em nome do Senhor ou fique com seus demônios longe de nós. Eu era tratada como uma leprosa, eles me julgavam, passavam horas com a mão na minha cabeça me rodando pra lá e pra cá, e claro, com o transtorno a flor da pele, algumas vezes eu me irritava e empurrava a pessoa ou me desvencilhava pra fugir daquilo e aí eles afirmavam mais uma vez: "tem demônio". Foi uma época de tanto sofrimento, de tanta lavagem cerebral... 

Por alguns meses eu acreditei mesmo ser endemoniada e ficava me forçando a aceitar um Deus cruel, mas não dava em nada, eu não sentia presença alguma dele em momento algum...

Só me sentia maldita, infeliz, inferior, mal compreendida e queria morrer... Foi a pior época de todos os 30 anos que tenho de vida. Quando meus pais entraram pra igreja, posso dizer que minha vida acabou, que o transtorno tomou conta de mim de maneira avassaladora...

Hoje em dia, eu educadamente, dispenso os crentes da minha vida. Cansei de ser condenada ao inferno, cansei de gente tentando me modificar, cansei de gente que não respeita a religião dos outros. Cansei da facção dos super santos. Cansei!

Eu gosto mesmo é de gente bem resolvida, feliz e com a cabeça livre de preconceitos.






Longe de mim generalizar, mas é que no meu caso, ficou uma mágoa muito grande...

domingo, 30 de dezembro de 2012

Entendendo o Abandono Borderline




Imagine o terror que você sentiria se você tivesse sete anos de idade e estivesse perdido e sozinho no meio da Times Square em Nova York. Sua mãe estava lá um segundo atrás, segurando sua mão. De repente a multidão a arrastou para longe e você não conseguiu mais vê-la. Você olha ao redor, freneticamente, tentando encontrá-la. Os desconhecidos olham de maneira ameaçadora para você. 

Assim é como as pessoas com TPB se sentem quase toda a hora. Isolados. Ansiosos. Estarrecidos com a idéia de ficarem sozinhos. Felizmente, pessoas apoiadoras são como rostos amigáveis no meio da multidão, oferecendo sorrisos, ajuda, e um abraço aconchegante. 

 Mas no momento que fazem algo que sugere uma partida iminente - ou fazem qualquer coisa que o border interprete como um sinal que eles vão partir - o border apavora-se e reage de diversas formas, desde uma explosão de raiva a implorar para que a pessoa permaneça. 

 É preciso muito pouco para engatilhar o medo do abandono – uma mulher borderline se recusa a deixar sua companheira de quarto sair do apartamento para a lavanderia. O medo do abandono pode ser tão forte que pode oprimir o border e o conduzir a reações ultrajantes. 

 Por exemplo, quando um homem disse a sua esposa border que tinha uma doença potencialmente fatal, ela enfureceu-se com ele. 

Às vezes a pessoa com TPB lhe dirá francamente que está com medo de ser abandonado. Mas mais freqüentemente, este medo se expressará de outra maneira - raiva, por exemplo. 

Sentir-se vulnerável e fora do controle pode ser uma situação provocadora de raiva. 

Se um border foi negligenciado quando criança ou cresceu em uma família severamente disfuncional, pode ter aprendido a lutar negando ou suprimindo seu terror de ser abandonado. 

 Após muitos anos de prática, eles não sentem mais a emoção original. Quando o border da sua vida se torna descontrolado ou irritado, pode ser de ajuda pensar se alguma coisa que aconteceu tenha provocado seu medo de abandono. 

 (fonte: trecho extraído do livro Stop Walking on Eggshells)

sábado, 29 de dezembro de 2012

10 Estratégias de autocontrole

O auto controle está diretamente relacionado com a o controle do impulsos dos portadores de TPB e pessoas no geral. Seguem 10 estratégias brilhantes para o desenvolvimento dessa ferramenta:


1)Como ter autocontrole – Respeite o seu limite

Um dos maiores riscos para o autocontrole é não respeitar o seu limite. Nas áreas que mais nos controlamos é que temos maior dificuldade para suportar possíveis tentações. Reconheça quando seus níveis de autocontrole estiverem baixos e procure encontrar um caminho alternativo para evitar os impulsos e vontades que não devem ser correspondidos.


2)Como ter autocontrole – Faça um comprometimento antecipado

Se comprometa com sua decisão antes de se envolver na situação tentadora. Isso é difícil porque normalmente queremos deixar todas as opções em jogo, mas, na realidade, isso prejudica ainda mais o desempenho de quem quer controlar as próprias atitudes e emoções. Se seu problema é com dinheiro, por exemplo, faça um comprometimento antecipado de que não irá gastar mais do que seu limite seguro por mês.


3)Como ter autocontrole – Use um sistema de recompensas

Recompensas podem funcionar muito bem para fortalecer o autocontrole. Todas as vezes que conseguir evitar determinado impulso e ser bem sucedido em uma situação tentadora, premie-se com algo que gostaria muito de fazer ou ter.


4)Como ter autocontrole – Ou um sistema de penalidades

Da mesma forma que você usa recompensas, use penalidades para desenvolver seu autocontrole e percepção de riscos. Ao errar, tire de si mesmo privilégios que valoriza muito como, por exemplo, acesso a redes sociais, doces ou sair nos finais de semana.


5)Como ter autocontrole – Combata o inconsciente

O inconsciente pode ser parcialmente culpado por muitas de nossos erros ao tentar resistir às tentações, já que ele entra em conflito constante com nossas decisões racionais. A dica é simples, mas difícil de por em prática, tente lutar contra as tentações em sua mente, para que elas não se desenvolvam em futuras ações.


6)Como ter autocontrole – Controle suas expectativas

Para manter sua motivação mais alta do que seus impulsos, coloque suas expectativas a seu favor. Ao invés de pensar que nunca irá conseguir, tenha expectativas positivas de que servirão como motivação para continuar.


7)Como ter autocontrole – Ajuste valores

Da mesma maneira como você pode pensar de maneira otimista, é bom que ajuste seus valores e princípios para que fortaleçam você em momentos mais difíceis. Quando valorizamos mais esses fatores do que o objeto da tentação, fica mais fácil de resistir a ela e considerar os fatores de risco e consequências.


8)Como ter autocontrole – Emoções

Se você não tiver uma boa imagem de si mesmo, será ainda mais difícil de desenvolver ao autocontrole. Tenha opinião positiva e motivadora sobre si mesmo, sem deixar que as outras pessoas ou circunstâncias determinem a maneira como você deve se sentir.


9)Como ter autocontrole – Faça afirmações

Muitas vezes ter autocontrole significa evitar maus hábitos. Uma maneira de fazer isso é usar auto-afirmações. Isso significa usar frases e palavras para reafirmar aquilo que você acredita, busca e quer manter equilibrado em sua vida.


10)Como ter autocontrole – Pense de maneira abstrata

Pense em porque você está fazendo algo e não em como está fazendo para pensar de maneira abstrata. Esse tipo de mentalidade ajuda a elevar o autocontrole e a persistência em resistir.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Fifty Shades of Grey Soundtrack




No carro, depois do elevador... The Flower Duet (Lakmé)
No mesmo passeio de carro... Sex on fire (Kings of Leon)
Christian tem um lado triste no piano… Adagio from Concerto No 3 in D Minor (James Rhodes)
Fazendo o café da manhã... Misfit (Amy Studt)
Dirigindo de volta para WSU... I’m on fire (Bruce Springsteen)
Fazendo cooper … What if this storm ends? (Snow Patrol)
Música de fundo... Bachianas Brasileiras No. 5, Aria (Villa-Lobos)
Dançando pelo apartamento… Witchcraft (Frank Sinatra)
Dirigindo para alcançar o amanhecer (parte 1)... La Traviata – Prelude to Act 1 (Verdi)
Dirigindo para alcançar o amanhecer (parte2)... Toxic (Britney Spears)
Dirigindo para alcançar o amanhecer (parte3)... The Blower’s Daughter (Damien Rice)
De volta para casa na parte de trás do carro... Canon and Gigue in D Major: I. Canon (English Concert & Trevor Pinnock)
Sexo no quarto vermelho… Spem in alium (Peter Phillips and The Tallis Scholars)
Christian no piano mais uma vez… Prelude in E-Minor (op.28 no. 4) (Frédéric Chopin)




domingo, 16 de dezembro de 2012

Vai pro inferno sogrinha. E leva um vibrador junto!!!

Sabe... é o cúmulo do absurdo ter que aturar histeria de sogra mal amada. Ter que aturar a megera fuçando sei lá onde pra descobrir o meu endereço e mandar uma surpresa de mal gosto na minha porta bem no aniversário do meu marido, às onze horas da noite. Ter que ouvir um monte de abobrinhas de uma velha fútil que parece estar falando de um menino virgem de 14 anos e não de um homem feito de 30. É muita perturbação! Daí resolvi mandar meu último recado pra ela via e-mail, porque não pretendo perder meu tempo com quem já perdeu tudo na vida. Essa é pra você H*******

"Respeito é bom e eu gosto. Você decidiu colocar seu filho pra fora de casa trocando a fechadura covardemente enquanto ele estava viajando, desde então ele não quer mais saber de você. A escolha foi sua, o problema é todo seu. O que eu tenho a ver com isso?! Tenha um pouco de bom senso e se olhe no espelho. 

Você diz que estou cegando o seu filho. Você tem certeza disso?! Cego ele era na época que vivia sob seu domínio, acordando as dez da manhã e ficando na internet o dia todo sem fazer nada, além de ser seu garoto de serviços. Você o alienava num mundinho doente criado por você. 

Comigo, ele aprendeu o que é ser homem, o que é ser responsável, o que é ser maduro, o que é ter opinião, o que é lutar pelos sonhos, o que é trabalho, o que é vida!

Nota-se claramente que você tem uma necessidade imensa de atenção e de perturbar a paz dos outros. Não me interessa saber que métodos escusos você utilizou pra obter o endereço no qual eu vivo feliz e em muita paz com o meu marido, a única coisa que me interessa é saber que a porta desta mesma casa nunca se abrirá para você ou para qualquer pessoa por você enviada.

Não me impressiona que uma velha fútil e solitária como você não saiba o que é respeito à privacidade e às escolhas das outras pessoas. Tudo que você faz na vida é se esconder dentro de uma igreja pra manter uma mentira viva pra você mesma, a mentira de que você é perfeita e quer o bem de todos. Mas a realidade diz outra coisa. Quantas pessoas você tem ao seu lado que você pode dizer que realmente te amam? Quantas pessoas fariam qualquer coisa por você? 

Continue sua vidinha fútil e vazia de igreja e salão de beleza e nos deixe em paz.  O meu marido não escolheu ser seu filho, mas escolheu ser meu homem, goste você ou não. 

Faça o que quiser, não vou mais me incomodar com uma velha solitária fazendo escândalo nos dias amargos da sua solidão.

Nossa porta jamais se abrirá pra você. Você jamais vai segurar um neto no colo ou sequer ver uma foto dele. Nem no seu enterro nós iremos, pois você já está morta H******, morta! (Pois a verdadeira morte é o esquecimento, e você já está esquecida!)"





Amo tanto que chego a me sentir mal.


Desde criança passei a ter ódio de todos os humanos em geral... e isto só porque amo demasiado e sinto demais por todas as pessoas, pelo menos eu acho. Eu as amo tanto e elas me fodem com força, sem dó, nem piedade.

Não consigo superar a frustração, o ódio, a culpa e a empatia que tenho por todos. 

Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal.



Neste momento estou fervendo de ódio da pessoa que infelizmente tenho que me referir com um pronome possessivo "minha sogra". Porque, no que dependesse de mim, aquela velha vagabunda não seria nada, nada além de um cadáver apodrecendo ao relento. Mas os porques são tantos que prefiro nem começar a relatar agora. Farei um dossiê com todo meu ódio e todas as razões pra odiar aquela megera maldita.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O eterno medo do abandono...

Quieta para não despertar meus demônios. Basta apenas uma recusa, um não ligar, um não ouvir, um não perceber, um não estar... e tudo dilacera, sangra e dói.  Sou prisioneira das grades dos meus sentimentos.





Gostaria de conseguir pôr em palavras tudo o que sinto!Mas as palavras parecem presas...
Não se querem soltar do nó que sinto...
São palavras raras que não saem..
São palavras escassas que não aparecem...
Quero soltá-las, mas ela teimam em viver nesta prisão!
Quero libertar-me dos sentimentos mas eles teimam em aprisionar-me!
Quais grades? Qual prisão?
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