domingo, 30 de dezembro de 2012

Entendendo o Abandono Borderline




Imagine o terror que você sentiria se você tivesse sete anos de idade e estivesse perdido e sozinho no meio da Times Square em Nova York. Sua mãe estava lá um segundo atrás, segurando sua mão. De repente a multidão a arrastou para longe e você não conseguiu mais vê-la. Você olha ao redor, freneticamente, tentando encontrá-la. Os desconhecidos olham de maneira ameaçadora para você. 

Assim é como as pessoas com TPB se sentem quase toda a hora. Isolados. Ansiosos. Estarrecidos com a idéia de ficarem sozinhos. Felizmente, pessoas apoiadoras são como rostos amigáveis no meio da multidão, oferecendo sorrisos, ajuda, e um abraço aconchegante. 

 Mas no momento que fazem algo que sugere uma partida iminente - ou fazem qualquer coisa que o border interprete como um sinal que eles vão partir - o border apavora-se e reage de diversas formas, desde uma explosão de raiva a implorar para que a pessoa permaneça. 

 É preciso muito pouco para engatilhar o medo do abandono – uma mulher borderline se recusa a deixar sua companheira de quarto sair do apartamento para a lavanderia. O medo do abandono pode ser tão forte que pode oprimir o border e o conduzir a reações ultrajantes. 

 Por exemplo, quando um homem disse a sua esposa border que tinha uma doença potencialmente fatal, ela enfureceu-se com ele. 

Às vezes a pessoa com TPB lhe dirá francamente que está com medo de ser abandonado. Mas mais freqüentemente, este medo se expressará de outra maneira - raiva, por exemplo. 

Sentir-se vulnerável e fora do controle pode ser uma situação provocadora de raiva. 

Se um border foi negligenciado quando criança ou cresceu em uma família severamente disfuncional, pode ter aprendido a lutar negando ou suprimindo seu terror de ser abandonado. 

 Após muitos anos de prática, eles não sentem mais a emoção original. Quando o border da sua vida se torna descontrolado ou irritado, pode ser de ajuda pensar se alguma coisa que aconteceu tenha provocado seu medo de abandono. 

 (fonte: trecho extraído do livro Stop Walking on Eggshells)

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