domingo, 25 de novembro de 2007

Triste caminhada...



Triste caminhada essa que nos uniu, e me transformou no mais triste dos seres.

Seria possível sofrer um trauma tão grande e ficar paralisado naquele instante?
Como se a vida para tudo o mais continuasse seguindo
Como se a vida estagnasse naquilo que provocou tão profunda dor...
E nada do que acontece hoje muda a dor do passado... Continuo olhando pra quem me feriu e não enxergo suas mãos estendidas... Enxergo apenas um punhal pronto pra cortar-me a alma e dilacerar meu ser por inteiro.

Fui diversas vezes engandas e por inúmeras vezes desiludida, minha vida tornou-se um fardo tão pesado, tão penoso e eu, por mais que deseje, não consigo me livrar dele.
Palavras mortíferas, minha vida invadida, minha integridade e privacidade roubadas, minhas esperanças frustradas... Tanta dor...

Aquilo que era pra ser amor puro tornou-se imensa desolação, dor, angústia, humilhação.

Maior que a raiva que sinto por todos que me feriram, maior que a dor do orgulho ferido, maior que o arrependimento, maior que a frustração, maior que a tristeza... Maior que tudo que possa existir

É a angústia perfurante de continuar sonhando e desejando tudo que sempre quis. Um amor puro e um espaço só meu.
Continuar na esperança de viver um amor puro, inatingível, sagrado, inabalável, daqueles protegidos num santuário, um amor feliz, cheio de luz...

Nunca desejei coisas caras ou compráveis... Eu só queria a sorte de um amor tranquilo e simples, num recanto encantado onde nunca jamais ninguém pudesse me perturbar, ferir, magoar... Eu queria apenas a proteção do homem que elegi para amar...

Mas isso...
Foi apenas um desejo que nunca alcancei... Sofri e sofro sem saber porque.
Porque eu fiz de tudo, eu nunca deixei faltar nada, nem sorriso, nem beijo, nem poesia, nem telefonema, nem respeito, nem devoção... Fechei cada fresta para que mal nenhum nos alcançasse.

Na verdade, eu sempre te amei...
Mas chego a conclusão de que te amei... sozinha!
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