quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A promessa


 "Estamos tão ligados, já não temos o que temer"

Quando eu me apaixonei por você, foi sem perceber, sem querer, sem premeditar... quando eu me apaixonei por você eu não queria fazer esta confusão em sua mente, em sua vida, eu queria tão pura e simplesmente transformar-te num amigo-enamorado, num bem querer.

Quando eu me apaixonei por você, voltei a ver a vida, as coisas, as pessoas com olhos de menina, voltei a sorrir com a alma... Tudo se deu tão suavemente que quando eu percebi que me apaixonei por você, a afeição há muito já havia se transformado em amor.

Quando eu me apaixonei por você, eu voltei a ser pura porque tudo que havia de ruim em mim, se dissipou... os medos, a angústia, o passado...

Quando eu me apaixonei por você, eu imaginava te declarar tal amor com as mais belas e significativas palavras, mas eu não pude ordenar minhas emoções, e nada saiu como o planejado... ensaiado, tudo saiu sentido. As palavras poucas e confusas, o turbilhão de sensações que me devorava, o meu jeito desconsertado que você não viu... as energias cósmicas e explosivas foi tudo que sentimos.

Quando eu me apaixonei por você, eu já te admirava e eis que habita em mim um amor que não tem pretensão de acontecer... apenas existe e alimenta meu ser d'uma doce ilusão...

E se tudo isso for mesmo uma ilusão, ainda terei coragem para cantar versos de esperança e a alma pra sonhar sonhos de criança. Sinto-me, às vezes, confusa e sozinha, toda essa escuridão me assusta e meu êxito depende de enfrentar o que me amedronta, sinto um frio na espinha, não sei bem o que sou, não sei o que serei, não sei o que será... mas tenho ainda muitos sonhos apesar de não acreditar no futuro.

" I've still got your face painted on my heart, scrawled upon my soul, etched upon my memory..." vai dizendo a música que toca em meu rádio, enchendo meu apartamento de um grande vazio... uma angústia, me fazendo pensar que a solidão transforma em nada tudo que temos... e o mar à minha frente só faz aumentar minha sensação de "pequenez".

Música sem voz, laços sem nós, ausência de definição, existência sem razão, um cão sem dono, uma árvore no outono... parece que está sempre faltando alguma coisa. Não existe nenhum caminho pra ser seguido que não nos faça pisar num ou n'outro espinho.



 

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