terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.

Me sinto uma completa estúpida vivendo da forma como eu vivo, valorizando o que mais ninguém valoriza, tentando fingir que posso ignorar, fingir não ligar, desprezar, virar a cara e não estar nem aí... Por quantos malditos segundos eu consigo realmente agir assim? Durante quanto tempo eu finjo não ligar mas por dentro eu me remoo, me mordo e me torço de desespero, quando o que eu mais quero é gritar que me importo sim, que pra mim pequenas coisas importam sim, e muito! Que pra mim o sentimento ainda vale muito mais que qualquer outra coisa, que pequenos gestos, olhares, papeizinhos rabiscados, recados na geladeira, mensagens no celular e toda sorte de bobagens pra mim são fundamentais. Eu só queria que as pessoas valorizassem minhas demonstrações de afeto como eu valoro cada gesto afetivo que me faz deixar de ser o vulcão em erupção pra ser a menina sorridente que corre descalça no gramado vivo de uma tarde de primavera.
O problema é que ninguém dá real valor a isso e sempre que podem ainda tentam justificar seu pouco caso com o que realmente deveria ter valor com coisas superficiais, apelando pra uma lógica fria e normal. Mas o que seria normalidade?! Deletar um recado poético e romântico sem sequer clicar com o botão direito e copiar pro caso de dar algum erro no site? Tudo bem, eu disse que ia deletar e consertar o erro de digitação... Mas custava esperar a segunda publicação corrigida pra deletar a primeira? Custava fazer uma maldita cópia num maldito bloco de notas só pro caso de "dar merda" no site, como acabou dando?! Não, não... mais fácil é colocar a culpa em qualquer coisa que justifique não dar valor aos meus sentimentos nobres sendo tratados como qualquer coisa que possa ser reescrita, refeita como se eu fosse algo programável.  Tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento. E o que dá mais raiva é  que alguns imbecis são capazes de guardar bilhetinhos mal escritos por anos e deletar uma poesia sem sequer fazer uma mísera cópia, mas como já dizia Cazuza, não adianta escrever poesia em papel higiênico e dar sentimentos nobres para que idiotas limpem o cú.
Sempre fico me perguntando porque quanto mais vadia e promíscua uma mulher é, mais os homens a idolatram. Tem horas que dá vontade de incorporar quantas pombas-giras me forem permitidas e sair por aí, sendo aquilo que os homens tanto adoram valorizar, uma puta! Mas não, meu pudor e minha maldita moral me fazem andar por aí feito uma palhaça, uma palhaça chorona que vive pedindo a atenção e que seus sentimentos nobres e idiotas sejam valorizados e tratados como tesouro. Eu faço de mim mesma uma verdadeira palhaça, um fiasco digno de vergonha!


Nota mental: Não posso tomar Predsin comprimidos, graças a esta maldita droga, estou pernoitada, mal humorada, com os nervos a flor da pele, rastejante como um bebê faminto e agressiva como uma cobra prestes a dar um bote.

Um comentário:

Unknown disse...

"não adianta escrever poesia em papel higiênico e dar sentimentos nobres para que idiotas limpem o cú".

OUCH! Cazuza era Rei! O.o

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