sábado, 14 de janeiro de 2012

Elevação (ou não)

"Quero atingir um estado de elevação que me dê a liberdade da dor, do sofrimento e do mundo externo"

Há quem prefira voar, há quem prefira sonhar como também há quem saiba que viver é mais que comprar e comer. A liberdade torna-se sempre numa decisão, numa procura ou numa viagem com aventura para encontrar o propósito. Cair e levantar é lograr a perfeição numa oportunidade que não posso desperdiçar.

Enquanto batalho contra mim mesma, perco as forças e energias contaminando o meu mundo em lamentações e sofrimento com a ilusão de que a salvação está por entre aqueles que me rodeiam. Minha criança ferida quer atenção, companhia e carinho desmedidos, sem lógica, sem razão, sem nada parecido com o que já houve antes.

A esperança existe como os rios que nunca deixam de correr para o oceano, nem as estrelas deixarão de brilhar e eu acredito que uma delas conseguirei alcançar. Perdoa-me então por estar novamente a exigir tanto ti, mas somente tu fazes parte da minha mente e do meu ser e, sendo assim eu não gostaria de ter que me deparar com os seus trapos, restos e raspas. Mas mesmo te amando tanto enquanto meus lábios dizem que eu te odeio e eu tento fazer você sentir através das minhas ofensas toda dor e medo que eu sinto, saiba que podem passar mil dias, mil anos, eu nunca soltarei as tuas mãos para que assim estejas sempre no meu coração. 



Depois de todas as brigas, crises, ofensas e descontrole, eu extravaso minhas decepções, coloco a criança ferida a fazer pirraça diante de todos para chocá-los e logo depois baixo os braços rapidamente na esperança que o amanhã venha modificar os contornos e unir de novo os nossos caminhos, para que juntos possamos voltar a trilha-los acreditando na cura, no controle e em dias melhores.

O coração dói tanto aqui dentro por tudo que me fazes sem saber ou sem desejar, por tudo que eu faço por descontrole, por tudo que eu gostaria de arrancar de vez da minha vida e por toda tempestade que eu causo e me arrependo tão terrivelmente depois... Nesses momentos fico fria, distante, descrente, pensando que o melhor mesmo é fugir, sumir, te largar, morrer... Qualquer coisa que tire dos meus olhos tudo que trás a dor e o medo à tona novamente.



2 comentários:

Unknown disse...

Que guria mais inspirada, nos últimos dias!! =)

Lisa disse...

Obrigada!
:)

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